
Um poema fica bem
na camiseta,
na ponta da estrela,
sobre a mesa de cabeceira,
no guardanapo de papel,
em qualquer bandeira,
e no balão acima do arranha-céu.
Até mesmo no cordão da feira,
no banco da igreja,
da praça e do Brasil.
Dobrado nas notas de mil
e da canção.
Um poema pode singrar
os mares dentro da garrafa.
Pode estar
no poste, no pranto,
no riso contente
e no sol-nascente.
Levado pelos ventos
pode ficar amassado na calçada,
na calcinha pertinho do prazer,
no pára-choque do caminhão,
no muro da escola, nos jornais
e impresso na sacola de pão,
já que poesia e pão
são alimentos vitais.
Um poema
so não pode ficar
dentro do livro fechado,
na estante
esquecido, esquecido...
Poema classificado em 1º lugar, no concurso Prado Veppo-2008, Santa Maria/RS.
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