domingo, 24 de julho de 2011

TOP 11 - O SERTÃO

O tema do Top 11 foi O SERTÃO. Considerei um tanto repetitivo e quis poetar um sertão acolhedor e refúgio para resgatar alegrias e valores. Não deu. Os júris não gostaram, alegaram que faltou poesia. Realmente, eu e a posia não conseguimos nos encontrar. A cada vez que nos olhávamos, ela mudava de calçada, zombateira, brincava comigo. Não cresci dentro da competição. Parece que pesava um pouco, ter que fazer um texto de qualidade toda semana. Depois que passou, vieram ideias novas para o tema, mas já era tarde. Senti ter saído, por perder a oportunidade de ter os meus poemas avaliados por profissionais gabaritados e aprender com as dicas. Nesse certame, eu primei sempre pela originalidade. Não fiz nenhum poema baseado em textos de poetas consagrados, embora os admire. Vi alguns poemas de concorrentes com pensamentos de outros poetas.  Seria inteessante ser um escritor do blog SUTORES S/A, ganhar a assinatura da revista literária e fazer poesia para ser avaliada.  Ficou por aqui, satisfeita pela oportunidade e pela atençao dos mediadores do blog.

O ponto marcante deste campo platônico foi o número de leitores que votaram. Bateu recorde os mais de 300 votos. A poetisa ANJO teve 130 votos, tive 127 e a Ivanúncia Lopes 121, que permanece na competição. Foi uma votação acirrada e  emocionante. Ora, empatávamos, era, eu me salvava e depois entrava na faixa de eliminação novamente. Agradeço a todos que me prestigiaram com seus votos. Fico por aqui, sem ressentimentos, poetando, vida afora...

domingo, 10 de julho de 2011

TOP 13 - TEMA: CRÍTICA SOCIAL



No top 13, o tema foi a crítica social Já explorei bastante esse tema. Minha obra literária quase toda é de crítica social, tanto contos, como poesia e principalmente, o meu romance. Os meus melhores poemas já foram publicados e os inéditos estávam aquém do certame. Ao término do poema, percebi que ficou panfletário e didático, como disseram os jurados e com razão. Não havia tempo para fazer outro. Não tem como deixar de ser panfletária. Vivo em uma região de siderúrgicas. Ainda tenho a liga das questões operárias, suas greves e reivindicações. O meu INDIGNAÇÃO ficou redundante, como os problemas sociais, que não mudam, só aumentam. Ficou parecido com o poema do participante O VELHO, de nome É HORA. Ele foi bem mais sintetizado e sucinto que eu. As mudanças só vêm com a ãtitude do voto. Usei a palavra ação, invés de atitude por ser mais sugestionável com nação e indignação. 
Nesta etapa, percebo que estou muito afastada da poesia. Tenho feito muitos contos e crônicas, obtido prêmios em concursos, mas me desligado da poesia. E poesia é magna. Quero continuar na competição para exercitar o fazer poesia. Penso, que li alguns livros que não eram tão importantes e ainda não li alguns imprescindíveis á minha formação. Desde criança leio muito, tudo que aparecia em minhas mãos. Nunca fui muito de selecionar livros. Não tive professores que se interessassem por mim e orientassem quais livros deveria ler. Sinto que há poetas clássicos que deveria ter lido. Ainda há tempo.
Lendo as críticas dos jurados, sobre alguns poemas abordarem bem o tema crítica social, mas serem pobres poeticamente (inclusive o meu), creio que muitas músicas consideradas lindas, de tema social, são bem panfletárias também. O Podres poderes, do Caetano, será que tem poesia? E QUE PAÍS É ESTE?, da Legião urbana? São grandes músicas, mas e a panfletagem? Agora entendo, porque muitos críticos não consideram os letristas de música  poetas. Há letras que ficam maravilhosas dentro da melodia, mas se lidas  no papel são bem didáticas.
 Mais uma etapa vencida. Vamos à próxima!

domingo, 3 de julho de 2011

I CONCURSO DE POESIA AUTORES S/A

TOP 15 - HAICAI



Passei a semana elaborando os hacais. Uma experiência interessante e até divertida. Um aprendizado. É bom conhecer novas formas, mesmo não sendo o nosso estilo. O concurso exigiu haicai tradicional japonês, 3 versos de 3-5-3 sílabas. Procurei usar palavras curtas,  poucas vogais átonas, já que não tenho muita experiência em métrica. Quanto mais eu elaborava, mais fugia do conceito de haicai, que é uma sensação, uma impressão, um olhar do olhar. Quanto mais simples, melhor. Segundo os jurados, a métrica do meu haicai ficou certa, mas faltou poesia. Continuo achando que a busca pela técnica empobrece a verve, a poesia. Pelo menos, é o que acontece comigo.
O maior aprendizado que tirei deste top, foi que devo procurar sintetizar em minhas poesias. Ter concisão e usar as palavras mais sugestivas e o menos palavras possíveis, para expressar muitas ideias, fazendo haicai ou outra forma de poema. Percebi, também, que nem tudo que Millôr Fernandes e Paulo Leminsk fazem é haicai. Eles fazem muito poeminhas de três versos, seria um haicai abrasileirado. Até estou gostando de fazer haicais. É um exercício mental, que pode prevenir muitas doenças cerebrais.
Tem um vídeo muito bonito no blog, com trechos dos poemas do TOP 17. Acessem e assistam: http://autoressa.blogspot.com/2011/07/comentarios-notas-e-anuncio-do-campo.html